domingo, 11 de maio de 2008

tudo aquilo que não

as horas tão claras
sempre tão indistintas
e, como uma brisa,
um movimento que trai
tudo o que não se pode
tudo aquilo que não

mas seríamos tanto assim?
ou seria apenas
mais um erro arrogante
como todos os outros erros
que se recusam
a simplesmente serem?

suas mãos suaves
seus olhos sutis
com a brutalidade que só é possível
ao alvo de uma paixão
que não é, nem nunca
deveria ter sido

sinto-me cada vez menos
mas menos em todo caso
sempre quer dizer mais
mesmo quando não resta
nada

Nenhum comentário: