A respiração pesada tornava-se lentamente um estertor. Era cada vez mais um ruído, e menos um sopro. Nunca pensou que seria assim. Talvez uma vez, quando criança, enquanto brincava de segurar a respiração com seu irmão: competiam para ver quem aguentava mais tempo. Era uma de suas brincadeiras favoritas, apesar de sempre perder. Não tivera filhos, nem esposa. Só seu irmão sentiria sua falta.
Era um belo de um pequeno, apesar de ser magro e quase careca, com os olhos quase sempre fechados. Seus sons eram mais grunhidos do que fala. Na verdade, não era fala de modo algum. Mas chorava pouco. Quase nunca. Quantas vezes já vira seres como aquele, e se perguntava o que tinham de tão especial? Em menos de um mês, o descobrira. Era incrível que um sentimento tão forte pudesse surgir em tão pouco tempo.
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
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