quarta-feira, 19 de março de 2008

Fumaça

Noite. Noite escura e adiantada. Estou coberto pela escuridão. A fumaça adentra meus pulmões, através da peça de madeira. O nome é cachimbo. O nome é o ser.
Palavras não importa. A música é irrelevante. Fujo do silêncio, e fujo da luz do dia: eles tornam meus medos mais terríveis, minhas alegrias mais terrenas.
A fuligem me acaricia por dentro, esse interior tão calejado e alquebrado. Continuo andando. A fumaça. Continuo andando.
A
fumaça.
Sempre, só
a fumaça
é
real
mesmo sendo
nada.

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