Hoje descobri ter usado recentemente uma palavra maldita. Uma palavra que prometi nunca mais proferir, cujas sílabas jurei nunca mais beijar. Eu fiz uma promessa, e quebrei.
Tive sonhos com a chuva, e acordei sem rumo. O mundo é etéreo: tudo que toco parece gelado, todos os sons têm um mesmo tom, todas as cores são iguais, todos os sabores pálidos. Só uma memória me parece real. É uma pele, uma boca, um cheiro, um toque, um rosto. Não fui feito para ternuras, não fui feito para romances: fui talhado para a guerra, sou um solitário. No entanto, sucumbo a minha própria humanidade. Um tolo.
Sinto-me como se estivesse sob as rodas de Juggernaut. Pelo menos isso me faz escrever versos - versos que nunca verão a luz, mas, ainda assim, versos.
sexta-feira, 7 de março de 2008
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