domingo, 9 de março de 2008

Uma noite

O gosto amargo da bile permeia minha boca. O vômito que cobre meu corpo, minhas mãos e até mesmo meu rosto me enoja. Sozinho, no chão do quarto. Quem se importa? Eu é que não. Definitivamente.

A sensação é pior. Como se a sujeira fosse sangue. Élan vital que me foi tomado pela tinha estupidez. Ouço o chamado do escuro em mim, mas não atendo. Não tenho forças nem para ser fraco.

Uísque. É esse o caso. Como sempre, é ao uísque que eu me entrego, numa orgia desesperada de tolices e tristezas. Qual o sentido da vida? Descendente. Decadente. O nada.

O homem só é feliz quando morre. Duvido. Nem assim.

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