Uma semana andando com minhas próprias pernas. Uma semana queimando em meu próprio fogo.
E ainda assim, eu sequer tenho forças pra ser tolo...
A memória é algo impossível. O tempo apaga todas as lembras, obscurece e confunde os fatos. Já nem sei meu nome. Já nem sei quem sou - ou quem fui. A única coisa que me marca são minhas cicatrizes. 79 delas. Mais as que não posso ver - que ninguém pode.
São meu fardo, meu legado: a marca da minha solidão mesmo em meio a uma multidão. É como se gritassem para mim: 'Nenhum homem é uma ilha, logo não podes ser homem!'
O que sou então?
Algum animal vil e covarde.
sexta-feira, 21 de março de 2008
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