Não sei o que é pior. O gosto de vômito em minha boca ou o de humilhação em minh'alma. Não, ninguém aponta e ri. Ninguém. Exceto por mim. Ainda vivo a sombra do que fui, do que não fui e do poderia ter sido. E nada é mais esmagador.
Olho para mim e sinto pena. Mas não acho a pena um sentimento digno, o que me leva ao desprezo. Mas como viver, se desprezo-me? Felizmente, é só por um momento.
Não gosto de ficar bêbado. Ainda assim, eu fico. É quase como os cortes: eu sabia que eles não me trariam bem nenhum mas ainda assim ansiava por eles. Tal como antes eu queria o beijo frio do metal abrindo minha pele, as vezes com delicadeza, outras violentamente, eu quero a tolice, a inconseqüencia e a dor que encher a cara me traz.
Mas, ao mesmo tempo, não quero, nunca quis.
Como todo o resto.
sábado, 19 de abril de 2008
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