Sangue. Eu o troco pela tinta em minha pele. A dor pode ser suportada, mas nunca ignorada. Abati uma alma como se abate um animal, mas não me importo. Seria isso tornar-se homem, tornar-se monstro? Sangue. Dor. Não abafo os gritos, pois o simples fato de ter gritos para abafar já seria humilhante. Meu braço arde, mas nada que se compare ao meu ser.
Depois de muito vagar, começo a compreender alguns motivos. Ou não. Nunca entendo nada por muito tempo. Mas agora, nesse momento eu entendo que nunca amei, nunca me apaixonei. Para que isso aconteça realmente é necessário que não se tenha escolha, e eu sempre tive. O desejo, sem sombra de dúvida, foi muitas vezes avassalador, mas eu sempre tive a capacidade de escolher.
E mais uma vez, escolhi.
O sangue, a dor, o nada.
O nada.
De qualquer modo, viajar acompanhado é demasiado cansativo.
quinta-feira, 3 de abril de 2008
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