domingo, 27 de abril de 2008

Hero

Herois e santos. Tanto e ao mesmo tempo tão vazio, mas todos o querem ser. Eu não. Não o almejo. Santos vivem em renúncia, e eu vivo em celebração. Heróis são crentes, eu sou quase um niilista. Não por falta de fé, mas por uma fé sem objeto. Acredito, sem sentido nem razão. Não sei no que. Quam credula minimum postero.
Os acordes melodiosos tremulando em meus ouvidos. Dois dias de escuridão. Não sei o que celebro, e o faço de um modo um tanto tétrico. Silêncio, esperança, morte. A coroação da vida. Joyce - não, foi Dedalus - disse que Deus é alguém gritando na rua.
O diabo deve ser alguém gritando dentro de si.

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