sexta-feira, 11 de abril de 2008

Phoenish

Meu fim, é um começo em si só. Quantas vezes já não acabei? E sempre recomeço. É engraçado, o que nunca notei: gosto-me mais quando desisto. Seria isso a prova de que os sentimentos nada mais são do que uma espécie de abandono?
E sempre a promessa: da próxima vez, serei mais ousado. Mas eu tenho melhorado, não? Já tenho uma classe que nunca antes tive, deixei de ser Kafka, tornei-me genuinamente Kundera. Ainda tcheco, é verdade. E sempre um poeta. Nunca poderia ser misógino.
E das cinzas, acabo novamente. E do acabo, cinzo-me de novo.

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